sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Identidade.


A mente move o corpo
e esse se perde sempre
na busca de algo novo,
de algo subseqüente.
Satura por um momento
todas as emoções vívidas,
nutrindo esse tormento,
inflamando as feridas.

Falido sobre pobres pés
se debruça na desilusão,
ansiando uma nova fé
que lhe atire na imensidão
escondida numa lição
antes nunca aprendida.
Uma essência poluída
nunca encontra salvação
só se afoga mais ainda
no caminho da perdição.

Beirando seu ego ardente,
o sujeito perde a sanidade.
A criatura mutante geme
não de dor, mas de piedade
pela própria alma decadente
sem forma, sem identidade.