terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Cinco minutos.


Mais uma bela música toca
antes que se anuncie o fim,
para assim recomeçar...
Cinco minutos sem agonia,
vertigem ou solidão.
Após isso, vem a queda.
O suor escorre, o ar se esvai,
a vista escurece. Se perde mais
em segundos do que numa vida.

Até que se retome a sanidade
e aquela razão adormecida,
mais cinco minutos são requeridos,
acompanhados de cinco lembranças,
cinco alegrias, cinco arrependimentos,
cinco novas idéias frias e mudas.
Os cinco sentidos ameaçando sentimentos.

Filtrando os pensamentos sombrios,
sobram algumas gotas em harmonia
para que sejam refletidas a imagem
de devaneios nunca antes percebidos.
Em cinco minutos perdidos no tempo,
apenas cinco palavras me vem à mente;
“Mais nenhum arrependimento será cultivado.”


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