Goza deste corpo terreno e viril
ansioso por prazeres carnais.
És a semente do hoje, a vertigem
que clama por alegria, por êxtase.
Um gole de vinho, uma gota de libido,
e a vida se distancia do casulo frio.
Entrega-se ao mundo caloroso
que sopra teu peito amargo
e desperta tua alma antes adormecida
num sonho que não é teu.
Desvela teus segredos e nega
aquele conformismo doentio
que te mantém suspenso do chão,
nesse desejo sombrio de decadência.
A vontade não é impulso vazio
quando a conseqüência é a liberdade.
Segue o caminho que te leva
ao encontro com a própria identidade.
Recusa a passividade, a demência
do espírito livre, a morte à conta-gotas.
Nessa ponte que separa a fantasia
da realidade, o abismo é a neutralidade.
Goza da virtude que habita em ti,
Terrena, voraz e verdadeira.
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