Na penumbra noturna anunciada,
Vejo-me caído no segundo vazio.
Enquanto meu corpo repele o frio
Desejado em outras caminhadas.
Fico acuado, contra a parede pensando
Numa forma de ter o que não posso.
Respiro profundamente e recordo
Que meus prazeres são desencantos.
Acendo um cigarro, bebo um gole
De álcool e me escuto resmungar
Palavras de sabedoria infeliz.
Nesse momento, ainda que sobre
Um pouco de alegria em meu olhar,
Será por ter feito o que quis.
Nenhum comentário:
Postar um comentário