sexta-feira, 23 de abril de 2010

Noite de terça-feira.


Na penumbra noturna anunciada,

Vejo-me caído no segundo vazio.

Enquanto meu corpo repele o frio

Desejado em outras caminhadas.


Fico acuado, contra a parede pensando

Numa forma de ter o que não posso.

Respiro profundamente e recordo

Que meus prazeres são desencantos.


Acendo um cigarro, bebo um gole

De álcool e me escuto resmungar

Palavras de sabedoria infeliz.


Nesse momento, ainda que sobre

Um pouco de alegria em meu olhar,

Será por ter feito o que quis.


Nenhum comentário: