terça-feira, 27 de abril de 2010

Noite Súbita.


Vejo o pôr do sol

como se fosse o início.

Vivendo de indícios,

nada mais que isso...


Debruço-me nas nuvens.

A noite me chama,

a lua me aclama,

minha mente não se engana.


Me atiro dentro do fogo.

Sigo a linha sem pedir socorro.

Boca fechada, engulo o esporro.

Meu pecado é não ser tolo.


Passos pela rua escura

apaixonado, sem temer.

Sei que sou minha aventura,

não consigo esconder.

O que já não me cura

nunca me fará padecer.

Conto minha história muda,

persistente e fecunda,

embrião do amanhecer...


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