quarta-feira, 12 de maio de 2010

Exílio.


Lembro daquela tarde

onde tudo se encontrou

e o tempo parou

bem no meio da cidade.

Eu sonhava acordado,

não importava mais nada.

O sentimento falava

para Eu ficar ao teu lado.


Tudo era perfeito.

Ninguém podia controlar

o sentimento a brotar

sem nenhum receio.

Mas a chuva chegou

para afogar minha alma

antes repleta de calma

sem temer nenhuma dor.

Quando dei por mim

já era tarde demais.

O que estava por trás

anunciou o certo fim.


Tentei não acreditar.

Fechei meus olhos caídos,

condenei-me ao exílio

mais uma vez sem voltar.

Meu corpo adormecido

não encontrava o abrigo

que antes estava lá

feliz por me esperar.


Me chama sem demora

e fala da boca pra fora

que ainda sente meu cheiro,

que tem saudades dos beijos.

Naquela triste hora,

um intenso desejo

batia dentro do peito

sem querer ir embora.


Mas o que sobrou agora

ficou sem ter sentido

no meio desse desvio

que fingia nunca acontecer.

E o que parecia ser

se transformou em verdade

naquele dia covarde,

quando te vi pela última vez.


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