Lembro daquela tarde
onde tudo se encontrou
e o tempo parou
bem no meio da cidade.
Eu sonhava acordado,
não importava mais nada.
O sentimento falava
para Eu ficar ao teu lado.
Tudo era perfeito.
Ninguém podia controlar
o sentimento a brotar
sem nenhum receio.
Mas a chuva chegou
para afogar minha alma
antes repleta de calma
sem temer nenhuma dor.
Quando dei por mim
já era tarde demais.
O que estava por trás
anunciou o certo fim.
Tentei não acreditar.
Fechei meus olhos caídos,
condenei-me ao exílio
mais uma vez sem voltar.
Meu corpo adormecido
não encontrava o abrigo
que antes estava lá
feliz por me esperar.
Me chama sem demora
e fala da boca pra fora
que ainda sente meu cheiro,
que tem saudades dos beijos.
Naquela triste hora,
um intenso desejo
batia dentro do peito
sem querer ir embora.
Mas o que sobrou agora
ficou sem ter sentido
no meio desse desvio
que fingia nunca acontecer.
E o que parecia ser
se transformou em verdade
naquele dia covarde,
quando te vi pela última vez.
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