quarta-feira, 12 de maio de 2010

Nos braços do tempo.


O tempo me deu mais vida,

me deu amor e se deu para mim.

Nesse tempo, ele me questionou,

me arruinou, me desequilibrou,

me fez esquecer, me fez relembrar,

me pagou uma bebida, me fez dançar,

me disse até para parar de fumar,

me olhou nos olhos, me fez sorrir,

me pôs a dormir e a sonhar.


Tempero o tempo sem temer quanto tempo tenho.

Cronometrar o dia não me traz nenhuma alegria.

Não sinto mais frio, exalo agora calor que vem

da chama acesa no peito, me deito nos braços do tempo.

Pego em sua mão e caminho por aí sem saber aonde ir,

mas sei que vou chegar a algum lugar onde o tempo

se transformará em sentido, e aguçará o meu olhar

para que Eu possa enxergar além disso, e assim recuperar

todo o tempo que foi perdido.


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