sexta-feira, 28 de maio de 2010

Fútil amor furta cor.


Meu, teu, nosso.

É tudo ócio e rancor,

dividido entre o calor

Esquecido lá trás.

Toda dor se desfaz

num soprar narcisista,

num tocar masoquista,

adiando o tormento

já impresso na vista.


Costuro os retalhos

espalhados de mim.

Sem a cor veio o fim

afogado em abraços

cegos e amargurados.

Repito meu caminho

naufragado em amor

sujo e mau resolvido,

um pedaço de calor.


Adeus no crepúsculo.

Até breve, se possível.

Esta receita infalível

reflete meu mundo.

Meu semblante crível

já não me é aceitável.

Fantasio tempos nulos

desejando algo novo,

que não seja estorvo

a um sentimento falido.


Mais um dia perdido

na imensidão em ruínas.

Pensamentos em cinza,

orgulho descolorido.

Meu pesar, meu abrigo.

Deixo-me levar, paciente,

pelos ventos mais quentes

e olhares sempre frios...


Um comentário:

Unknown disse...

porra! botou pra fudê!
bjão ploc!