Meu, teu, nosso.
É tudo ócio e rancor,
dividido entre o calor
Esquecido lá trás.
Toda dor se desfaz
num soprar narcisista,
num tocar masoquista,
adiando o tormento
já impresso na vista.
Costuro os retalhos
espalhados de mim.
Sem a cor veio o fim
afogado em abraços
cegos e amargurados.
Repito meu caminho
naufragado em amor
sujo e mau resolvido,
um pedaço de calor.
Adeus no crepúsculo.
Até breve, se possível.
Esta receita infalível
reflete meu mundo.
Meu semblante crível
já não me é aceitável.
Fantasio tempos nulos
desejando algo novo,
que não seja estorvo
a um sentimento falido.
na imensidão em ruínas.
Pensamentos em cinza,
orgulho descolorido.
Meu pesar, meu abrigo.
Deixo-me levar, paciente,
pelos ventos mais quentes
e olhares sempre frios...
Um comentário:
porra! botou pra fudê!
bjão ploc!
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