quarta-feira, 5 de maio de 2010

Soneto Cinza.


Se o cinza em meus olhos não diz nada,

talvez as trevas do meu ser digam tudo.

Não quero mais nada deste louco mundo

a não ser uma voz doce em boca amada.


Nada dói naquilo que já está morto,

mesmo que este morto possa amar.

Lembro que de uma semana para cá

tudo virou cinzas em um olhar de fogo.


Penso que seria diferente se Eu tivesse

acolhido em meus braços tão frios

o calor de quem realmente me aquece.


Talvez não estivesse velejando pelos rios

da solidão, esta realidade cafajeste

Que me deixa seco, me enchendo de vazio...


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