quarta-feira, 12 de maio de 2010

Testemunho.

Esqueço o que perdi
frente à novos lugares.
Novos olhares vêem
espaços descartados,
esquecem-se os retalhos
que passeiam nas ruas...

Quem me dera ser um só
navegando na pluralidade.
Plena luz, pouca vaidade.
Sentinela de uma nova verdade,
esculpida num coração petrificado.

Caminhando à curtos passos
vou de encontro aos horizontes
ainda não aventurados.
Deixo meu legado aos novos
viajantes dessa jornada interminável.

Aqui jaz o meu triste fim.
Desço até o inferno que há em mim,
assassino meus demônios, recomeço.
De um ventre improvisado, renasço.
Me inicio assim como me terminei,
cego, louco, perdido, esperançoso...